“O que o marxismo tem a ver com as artes? Como pode uma doutrina, nascida sob o terreno econômico, se interessar pela arte, expressar-se acerca dos problemas da arte, principalmente para fins políticos?” A esses e a outros importantes questionamentos, que vinculam a problemática das artes ao marxismo e à práxis político-revolucionária, Guido Oldrini, apoiando-se nas contribuições do filósofo marxista húngaro György Lukács, busca responder evidenciando, sobretudo, suas relações com a teoria estética marxista, com questões de ordem ético-ontológica e com os problemas da metodologia da crítica.
Mariana Andrade
Os marxistas e a arte: princípios de metodologia crítica marxista é imprescindível. A crítica estética (a crítica literária, a crítica do cinema, a crítica da música etc.) é uma atividade integrante do complexo da arte. Se as obras de arte impulsionam o desenvolvimento humano-genérico, a crítica estética interfere no modo pelo qual o reflexo estético do real é fruído pelos indivíduos. Nesta conexão mais geral, arte e crítica estética compartilham em muitos aspectos da função social da arte na reprodução social. Quais devem ser os critérios de uma crítica estética que assume conscientemente esta sua função social? Quais devem ser os princípios metodológicos da crítica estética que venha a cumprir a função revolucionária de conectar indivíduo ao gênero, a pessoa à humanidade? Esta é a questão enfrentada por Guido Oldrini, um dos maiores conhecedores da obra de G. Lukács, neste texto denso e maravilhoso de ser lido.
Sergio Lessa
Ano de Publicação: 2019
282 páginas
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