Quando os dias passam na orla da Prainha, uma mulher observa o nascimento e a morte do sol, conhecendo os ciclos da terra, segura de que os mistérios da vida são a constituição de si mesma e que, portanto, não há o que temer. Serendipte é esta mulher, que nas palavras melodiosas de Deribaldo ganha forma e essência numa invenção realista, sensível e digna do traçado feminino dos nossos dias.
Numa linguagem cotidiana, adequada à temática da narrativa que se liga às relações reais, Deribaldo imprime em suas letras a poesia do encontro, bem como o humor dos desencontros. As referências musi- cais merecem destaque na obra e na construção do personagem Zéfiro, que é músico e compõe belas canções, conectadas ao estilo do afro-rock e de influências como Fela Kuti. Uma leitura leve, que reflete sobre as relações, suas delícias, instabilidades e indefinições. Serendipte não tem muitos segredos. Os mistérios que guarda no seio são aqueles que só concernem ao coração e ao corpo da própria mulher.
Ano de Publicação: 2019
134 páginas
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