O autor da presente obra faz uma abordagem sociohistórica da ciência, da educação e da universidade, destacando sua relação com a constituição da divisão de classes originadas da expropriação do tempo de trabalho excedente. O surgimento das sociedades de classe, a partir da criação de novas formas de trabalho pautadas em relações desiguais entre os homens, acabou resultando no caráter de classe da educação e na criação da instituição escolar, separada da vida dos indivíduos, voltada para a formação da personalidade humana, dos valores e para o trabalho. Com isto, a educação deixou de ser uma atividade geral, inerente à própria vida, em que todos se educavam, e passou a ser uma atividade específica voltada para as classes privilegiadas da sociedade particularmente nos modos de produção escravista e feudal. Isto explica seu caráter de classe e, embora nas sociedades capitalistas hodiernas conforme o discurso oficial/estatal, a educação tenha se universalizado para amplas camadas da população, sua natureza classista permanece a mesma uma vez que o antagonismo entre capital e trabalho não foi superado.
Edna Bertoldo
Ano de Publicação: 2014
164 páginas
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